Endereço

Entrada franca
Solar Moura Lima

Solar Moura Lima

Casarão de dois andares, original do Século XVIII, identificado como Solar Moura Lima. Trata-se do único sobrado remanescente na localidade, onde outrora existiam dois outros com características arquitetônicas similares.

É a edificação residencial mais importante e de maior destaque na paisagem urbana, voltada para a praça Padre Bernardo Firmino. Em relação às atuais vias de circulação, área que abriga árvores de grande porte, com partido em “U’, irregular. No 1º pavimento tem as alvenarias externas em pedra, com excepcional sistema de contrafortes em pedra na fachada posterior e divisões internas em pau a pique, piso em mezanelos. O pavimento superior tem as alvenarias em pau a pique e adobe, com algumas intervenções em tijolos e pisos em tabuado. A cobertura adota o sistema em quatro águas, mantendo as telhas cerâmicas curvas. Beiral arrematado em cachorrada. A fachada principal é bastante singela e desprovida de ornatos. No térreo, dois vãos de portas geminadas nas extremidades, ladeiam um vão de janela e uma porta simples. No pavimento superior, cinco janelas de verga reta se distribuem harmonicamente. O 1º pavimento abriga hoje lojas, cozinha e depósito. Na parte de cima fica a residência, com salas, quartos, banheiro e ampla cozinha.

Narrativa

Em entrevista em setembro de 2022, Sra. Divina do Espírito Santo, 94, recordou aspectos importantes sobre a história do Casarão. Originalmente, nesta localidade, havia dois ranchos para pouso de tropeiros, que eram feitos totalmente de pedras, sem as divisões internas. Um de frente para o outro. Aquele na confluência dos becos Antônio Pimenta e Antônio de Paula, que não existe mais, a não ser os alicerces remanescentes, e este na confluência dos becos da Fonte Grande e do Rosalino.

José Gomes de Moura Lima, o Zeca de Moura, nascido em São Gonçalo do Bação em 10 de junho de 1857, casou-se com Maria Carolina de Oliveira Quites, constituiu família e morreu neste casarão. Faleceu em 1915. Maria de Moura Lima, segunda entre os 13 filhos do casal, casou-se com Benjamim Gonçalves Pimenta, comerciante em São Gonçalo do Bação. Tiveram 17 filhos, sendo dona Divina a caçula. Maria de Moura Lima faleceu em 1946 e Benjamim Gonçalves Pimenta faleceu em 1976. Dona Divina, a caçula, permanece no solar e nos conta que todas as gerações que residiram neste imóvel tiveram e têm o compromisso de cuidar de sua conservação e de serem guardiões da sua história.

Avaliação do estado de conservação/data/sugestões

O casarão ou solar é muito bem cuidado por seus proprietários e familiares.

Indicação de registro em outros órgãos patrimoniais e ambientais

Consta como “Solar dos Pimenta” no inventário da Prefeitura de Itabirito.(EAU.07.23.)

Observações

A família indicou o nome “Solar Moura Lima” para a placa -Esse conjunto de inventários foi elaborado exclusivamente com o objetivo de registrar os bens culturais indicados pela comunidade de São Gonçalo do Bação para atender ao programa de sinalização, registro digital e valorização dos Circuitos Becos, Chafarizes e Atrativos Históricos; - O conteúdo dos inventários, caso usado em relatórios, outros tipos de inventários e ou publicações deverá ser devidamente citado, seguindo as regras da ABNT; - A autoria das fotos e a origem do acervo iconográfico (seja acervo pessoal ou familiar) deve ser citada.

Bibliografia
BESSA, Ana Carolina et al. “Levantamento Planialtimétrico, fotográfico e Histórico do casarão do séc. XVIII”. Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Belo Horizonte, s/d.
Responsáveis pelo preenchimento

Alenice Baeta, Cristina Cairo, Hudson Faria e Pedro Loredo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *